segunda-feira, 6 de julho de 2015

Relatos da Comunidade


No transcorrer do blog Museu da Comunidade de Campestre estão descritas histórias relevantes que fundamentaram todos os pontos elencados pelos moradores da Comunidade de Campestre, que são de origem italiana, onde seus avós vieram diretamente da Itália, fugindo da Segunda Guerra Mundial.
Os avós contavam aos netos que hoje contam que as dificuldades encontradas foram muito grandes, principalmente quando tinham filhos e queriam que eles tivessem melhores condições de vida.
A instalação dos imigrantes foi um ponto marcante, pois eles trouxeram seus hábitos e costumes que fomentaram ideais de progresso na comunidade, a principal preocupação além de construírem edificações com características próprias da região da Itália de onde os imigrantes vieram, abrindo caminhos na mata para estas construções, e na verdade a formação de seus espaços que propiciarão um progresso significativo aquela comunidade.
Tão logo começaram a construção das edificações, pelo povo Italiano ser muito religioso, os imigrantes decidiram a construção de uma capela que inicialmente foi construída de madeira, em homenagem a São Valentim.
Após algum tempo os imigrantes decidiram construir um espaço para aprendizagem então o senhor Francisco Puntel Filho e sua esposa Rosa disponibilizaram o porão de sua residência para que ali pudesse ser gerida a primeira escola da comunidade, a primeira professora a senhora Ondina Valter, que lecionava e também morava na casa da família Puntel, os seus honorários da profissão eram pagos pelos pais dos alunos.
Segundo os relatos da professora da Emef São Valentim, Eliane Aparecida Puntel, que hoje é professora na escola, e moradora da Comunidade de Campestre, também fez relatos significativos quanto aos túmulos do cemitério, e também conversamos sobre a arquitetura, ela mencionou que sua vó materna reside ainda em um Casarão antigo, e o que mais me impressionou foi o relato dela que as casas eram feitas em duas partes, ou seja a cozinha e a sala da residência eram fitas em um lado que ligava uma área aberta e no outro espaço ficavam os quartos, segundo as informações isso era porque as famílias tinham medo que pegasse fogo, e se acontecesse somente uma parte da casa era destruída.
Na casa da vó da Eliane tem um buraco na terra feito abaixo da sala, onde ficava fresquinho e como na época, não tinham energia e por consequência não tinham geladeira, neste espaço eram guardados os alimentos que precisavam ficar em local fresco.
No sótão das casas tinham gavetas falsas, onde as famílias escondiam o dinheiro, para que se viesse ladrões não saberiam onde estava sua reserva financeira.

Todos os fatos contados pela professora Eliane somente fortaleceram ainda mais a importância da Comunidade de Campestre para a formação de uma comunidade maior que se forma e contempla a cidade de Sobradinho.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Construção da Maquete da Comunidade de Campestre




Para se construir conceitos a intervenção do processo social se faz necessário, quando falamos de história e geografia, então estas intervenções são fundamentais, pois podemos resgatar fatos que fazem parte da história de uma sociedade, como o que fiz até o momento do meu museu virtual, onde foram colocadas as fotos dos casarões "La Consolatta". Porém sabemos que esta história se faz ao longo dos anos, por isso culminou as minhas pesquisas envolvendo a comunidade de Campestre, com a construção da Maquete da Minha Comunidade Parceira de trabalho, que envolve a Comunidade que a escola está inserida, e as edificações do entorno da escola, todo este trabalho significa interligação entre conceitos vivenciados e o processo histórico envolvendo aprendizagem prática.

Todos os objetos importantes neste espaço, foram retratados inicialmente através de fotos e posteriormente com a construção da maquete que foi apresentada na aula de processos educativos V, na última quinta-feira (dia 25/06/2015) que foi exposta por mim para os colegas, juntamente com o blog que na verdade elucidou a construção desta ferramenta de trabalho, que hoje está exposta na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Valentim de Campestre.













Rota dos CasarõesLa Consolatta



A Rota dos Casarões compreende uma rota feita por caminhos onde os imigrantes vindos da Itália fixaram residência na Comunidade de Campestre e Linha Brasileira, esta rota foi criada pela Secretaria de Turismo juntamente com os descendentes dos imigrantes da Comunidade de Campestre. A organização foi feita levando em consideração, a arquitetura local, que foi preservada por gerações, e mesmo as casas estando com alguns problemas nas edificações que foram restauradas no seu interior, para que atendesse o propósito da Rota, contudo as linhas marcantes da colonização italiana não foram mexidas, ficando com o mesmo aspecto relevante do início do século XX.

Para se fazer este passeio devemos agendar na Casa da Cultura de Sobradinho, para que seja providenciado um guia experiente que irá contar toda a história da imigração no município de Sobradinho, no final do passeio é servido um Café Colonial típico italiano, em um porão de uma edificação da família Raminelli em Campestre.













Capela Tiro de Morteiro

A religiosidade da Imigração Italiana sempre foi preservada na Capela Tiro de Morteiro, sua edificação é preservada e cuidada pela comunidade, onde mensalmente toda a comunidade se reuni para uma Missa, porém em todos os domingos a comunidade se reuni para celebrar a fé através de celebrações feitas por ministros leigos que fazem com que a religiosidade não se apague.
Fazendo uma pesquisa na comunidade não encontrei nenhuma família que não fosse católica, com isso vemos também que os valores religiosos trazidos pelos imigrantes fazem parte da comunidade de Campestre.










domingo, 28 de junho de 2015

Preservando a Cultura Italiana


Toda a comunidade de Campestre busca a preservação de suas raízes através das edificações, comidas e também preservando o que nos parece mais importante dentro da cultura que é de dar valor para tudo o que foi trazido junto com os imigrantes.
Quando falamos em preservação podemos observar túmulos do cemitério de Campestre, que segundo as lápides estão marcados membros das famílias que nasceram na Itália e vieram pequenos ou bebês para o Brasil, se colocando nesta Terra promissora que é Campestre.
As lápides são preservadas e cuidadas para que na verdade a história da imigração italiana seja preservada.










A primeira Escola da Comunidade de Campestre



Quando chegaram na comunidade de Campestre os primeiros imigrantes Italianos, se preocuparam com a educação de seus filhos, então a discussão se tornou frequente nas casas, então após algumas discussões encontrou-se a solução com a criação de uma escola, que seria custeada pela comunidade, ou seja, o professor era pago pelos pais, o Poder Público Municipal, não interferia neste processo. A comunidade se organizou e criou a primeira escola, que atendia os alunos filhos dos imigrantes, o professor da escola era pago pelos pais dos alunos, e esta escola acontecia na residência do senhor Francisco Puntel. Até hoje esta escola está preservada, pois ela servia não somente de escola, mas também de residência da família do senhor Francisco Puntel, e ela faz parte da Rota dos Casarões de Sobradinho.


Comunidade de Campestre

  

Quando mencionamos comunidade, logo nos vem à mente, a inserção de uma cultura, neste ambiente. Após investigar esta cultura senti a necessidade de expor de forma clara o que a história nos reserva sobre a cultura da Imigração Italiana na Comunidade de Campestre, levando em consideração aspectos relevantes, como as casas que exemplificam fatos significativos da cultura italiana em Sobradinho.

A comunidade de Campestre é composta basicamente por descendentes dos Imigrantes Italianos, a história é contada pelos imigrantes através da arquitetura de suas casas, a preservação desta cultura é vista não somente na arquitetura que é utilizada como forma de preservação desta cultura.
Muitos preservam sua cultura em valorizá-la, o que não acontece na Comunidade de Campestre, onde as comidas típicas são evidenciadas em festividades voltadas à cultura italiana, como acontece no festival do Vinho, em julho, onde são servidos os vinhos produzidos na comunidade, e também a comida típica italiana.
Se analisarmos toda a história da Imigração vemos também a inserção desta cultura tão importante para a formação do município de Sobradinho.

A Rota dos Casarões La Consoltta, também evidencia a cultura italiana, através de passeios por uma Rota envolvendo a Comunidade de Linha Brasileira e Campestre, onde são visitadas as casas que estão preservadas a mais de um século, além de museus particulares, que são mantidas peças fundamentais que contam a história da comunidade, nesta visita também acontece um café colonial.